Direito - 20.06.18

Muitos fatores devem ser levados em conta para se fazer uma análise abrangente dos riscos envolvidos num evento como a Copa do Mundo. Para se ter uma ideia, essa avaliação começa de 3 a 4 anos antes do evento.

Neste sentido, a seguradora começa avaliando o público alvo, os organizadores e organizações envolvidas, juntamente com o caráter, período e dimensões do evento. Além disso, se faz necessária avaliação da possibilidade de adiamento e cancelamento.

Há também a análise de fatores externos que podem influenciar diretamente no evento, como mudanças climáticas ou ameaças de catástrofes, assim como a possibilidade de ataques terrorista ou risco político. Ou seja: cada um desses riscos, além de serem cobertos por produtos específicos, variam de forma extraordinária dependendo do caráter e a localização do evento.

No que se refere especialmente ao terrorismo – que se tornou altamente discutido desde os acontecimentos nos Jogos de Munique em 1972 – este passou a fazer parte significativa dos parâmetros de acesso de risco para grandes eventos esportivos.

Atualmente, com a velocidade que as informações são transmitidas, os seguros contra riscos cibernéticos, especificamente para ataques de hackers, são necessários para garantir o gerenciamento das consequências que podem ocorrer com a violação dos dados.

Assim, para realizar um evento como uma Copa, onde há grande circulação e concentração de pessoas, altíssimos investimentos locais, gigantesca estrutura de mídia internacional para transmissão dos jogos, notícias e etc., se faz necessário uma criteriosa avaliação de todos os riscos por parte das seguradoras e resseguradoras envolvidas.